segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Amigos - os que te fazem pensar.

"Interessante é não ver o tempo passar,
Divertir-se em meio a amigos,
Bebidas pra acompanhar,
E musica pra elevar a alma.

A mesa recheada de gente de todo tipo,
Desde hipocondriaco suicida,
Passando por um ateu vegetariano,
Um cara não muito calmo,
Um cara calmo até demais,
Até um carioca metaleiro (?!).

Meus amigos são os caras."



Por isso vou escrever um pouco sobre eles, seguindo a ordem da foto acima (direita pra esquerda):

Juh:

A Juh Krisium Kecthum Miagi é minha prima desde sempre (ORLY?!) e namorada do Jão. Ela é curte mais Metal que eu, gosta de desenho japones, e filme de terror. Ela é muito simpatica e ri muito com a galere, mas também é ciumenta. Se o Jão olhar pro lado pra atravessa a rua, e tiver uma menina pro lado que ele olha, ele se fudeu (Y).

Jão:

Jão Pagão Metal do Mal é meu amigo desde 2008. Ele é namorado da Juh.
Nos conhecemos no meu aniversario de 18, num show no finado Vitória Café - Hell diz: "Bons tempos de Vitória, bons tempos...". O cara é meio porra loka pra algumas coisas, como sair e se divertir com os amigos, ou pelo menos era assim, agora ele também tah meio tiozão, soh cerveja na casa dos amigos. Mas ao mesmo tempo ele é o mais responsavel da galere. Carrinho, trabalho e pensando em faculdade. O cara que ficava jogado nos finais de rolê, hoje anda de carro e roupinha social. Se ele conseguiu, vc também vai conseguir :D *Apoio moral: agente ve por aqui.

Betim:

Betim Vegan Thor Olererrêiiiruu é meu amigo desde faz tempo. Não lembro a data certa, mas foi por volta de 2007, acredito. Ele era amigo do Hell, e trabalhava numa lan-house. Era todo metaleiro e bebia muito. Hoje anda de camisa xadrez, suspensorio e cabelo curto. Ele também se decidiu como Deista e vegetariano (cada um cada um neh... :B). O cara é divertido e sempre amigos de todos.

Hell:

Hell Raids Gutural Folk dos Duendes é meu amigo desde sempre. Ele é namorado da Carol. Estudamos juntos na pré-escola, ele sempre morava na rua de cima de casa. Piloto de fuga e jogador de futebol categoria craque (brinks :B), já saimos em altos rolês na city. O cara é meio quieto na dele, mas as vezes fala umas que a galere ri alto. Humorista em potencial (ou não :B). Curte Metal do Mal como o Jão e o Betim, mas também gosta do Folk das fadas e duendes da floresta encantada.

Carol:

Carol Raids Metal Hard Oitentera é minha amiga faz pouco tempo. Ela é namorada do Hell. Se não me engano conheci ela no churras vegetariano (EHHH agente fez um Churras Vegetariano do Betim :P). Ela é bem quietinha também, talvez timida como o Hell, mas também jah se soltando e rindo alto com a galere do rolê. Ela também curte mais Metal que eu (tá parecendo facil curti mais Metal q eu né?!)


O zeba de jaqueta jeans sou eu. Então vou pular minha parte :B


Kevin:

Kevin Rivotril Sertralina Gothicus é meu amigo faz uns dois anos também. Conheci ele no meu aniversario de 18 também, junto com o Jão.
Bom, todos que citei e vou citar aqui são meu amigos de verdade, mas o Kevin eh como se fosse meu irmão. Já me ajudo em muitas. Já fomos pra vários rolês nesse Brasilzão (só no estado de SP :B). O cara eh completamente espontaneo. Não mede as consequencias. Mas por outro lado nunca pensou mal de ninguem. O que ele fala sem querer soh faz todo mundo rir.

Carioca:

Carioca Alemão Faca na Cavera é meu amigo a pouco tempo também. Ele era conhecido por uns amigos do kevin, e começou a andar com a gente de uns tempos pra cah. Ele veio do RJ a alguns anos, e ainda tem sotaque. O cara é uma armada. Imita o Batoré igualzinho. E curte Metal, mas o Metal mais dos gritinhos agudos e som melódico. O que é um pouco diferente do Metal do Mal dos caras.

PS: Desculpem-me os que não estão na lista. É que eu quiz fazer um post rapido e claro com as pessoas que fazeram parte importante da minha vida. Mas não esqueci de ninguem. Sussa?! :D
No proximo post coloco todos vocês. Abraço, e Feliz Ano Novo lol

sábado, 18 de dezembro de 2010

Sonho lúcido


Noções pequenas de grandes conquistas deixadas de ganhar,
Era assim que se sentia o pirata pirado em alto mar,
Gotas d'aguá transformadas em bolhas de ar,
Partiu.

Eclode dentro do peito uma saudade esquecida,
Insana a intensa vontade perdida,
Rasga a cicatriz fria ferida,
Ninguém viu.

De uma ponte a outra liga a lugar nenhum,
Sem fim ou começo algum,
Apenas gelo e um copo de rum,
Seguiu.

Rolando os dardos e movendo as vitórias,
Xadrez, damas a guerras em glória,
Soldado de chumbo com sua oratória,
Fugiu.

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Visual Gothico vs. Sociedade conservadora


No começo dos anos 70, aconteceu um movimento que revolucionou o cenário social e político do mundo, o movimento Punk. Pessoas com roupas rasgadas, faixas e bandeiras com uma ideologia baseada na Anarquia, só que agora acrescentado vandalismo e violência. - bom, isso era o que diziam os civis conservadores dos bons costumes daquela época. Então isso me levanta uma questão: Por quê quem está do lado de fora, julga o movimento Punk como "rebeldes sem causa"? Eles nem se interessaram em saber o porque dessa revolta, e já vão os rotulando como vandalos. Se isso tivesse ficado nos anos 70, era só mais um tema para filmes clássicos. Mas isso continua até hoje.
O movimento Gothico surgiu no final dos anos 70. Eles tinham a mesma forma de chocar a sociedade com suas roupas rasgadas, e as vezes penteados diferentes e moicanos, como os punks, mas algo os diferenciavam: a temática não era tão mais politica, e sim social.

O movimento gothico tinha um clima mais frio e mórbido, mais noite e mais negro. Só que ao contrário do que muitos pensavam, os gothicos se aproximavam da morte, a procura de viver a vida de forma excêntrica.
Roupas pretas e correntes, penteados esquisitos e maquiagem agressiva, era assim que os gothicos saiam as noites pelas ruas. As vezes eram confundidos com satânicos (como era de se esperar) pelos conservadores.
Mas a diferença com o movimento punk, é que eles não eram mais violentos, muito menos praticavam vandalismo. A agressividade deles era no visual. E temos que concordar que homem enxendo o rosto de pó branco e lápis preto nos olhos, nos anos oitenta, era algo que agredia a sociedade.

Joy Division. A primeira banda gothica da história - eles também são conhecidos pelo movimento post-punk, mas isso confunde e as vezes ofende os punks, pois umas pessoas de mente pequena, diz que post-punk veio substituir o punk e o por isso o mesmo acabou, mas isso é mentira. O gothico só tem esse nome porque surgiu do punk. É uma vertente. Não que o substituiu. Compreende?

Mas enfim, não é sobre música que gostaria de falar neste post.
Já se passaram 30 anos do surgimento dos movimentos Punk e Gothico, e ainda assim a sociedade conservadora atacam com unhas e dentes o seu visual.
Porque esse preconceito? Garanto que esses conservadores são do tipo que gostam do som popular, a maioria tem segundo grau, e assisti novela das oito. Mesmo depois de 30 anos, eles não se preocuparam em saber a razão da revolta punk, e continuam em cochicar xingamentos quando os "diferentes" passam na mesma calçada. Mas isso é engraçado, porque na maioria eles são cristãos, e a doutrina cristã diz que todos somos iguais, e todos devemos respeitar o próximo. Engraçado ou trágico?
Esses cidadãos de bem, são tão cristãos que só enxergam a cor da roupa, do cabelo, e da carteira. Pessoas que se acham superiores as que pensam diferente delas, seja no modo de se vestir, de falar, e tudo mais. O interessante é que os conservadores terão aquela mente pequena e alienada até a abrir para o mundo, enquanto as pessoas que eles tanto falam mal, já aprenderam a pensar por si só a muito tempo.

Os diferentes são os que se destacam. Os diferentes são os melhores. Então se não quer mudar, cala-se no seu canto e deixo-nos viver em paz.

Foto: Paulo Gotoh, vocalista da banda post-punk Elegia: Myspace da banda.

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Pra onde eu corro?


Os muros recheados de pregos e espinhos,
Vem em minha direção,
E agora que não sei pra onde ir,
Pra onde eu corro?

Se eu subir nas paredes,
Vou me machucar e talvez faça ferimentos eternos,
Mas talvez também encontre a saída da prisão,
A saída da minha mente.

As vezes me encontro presos a correntes,
E as vezes essas correntes são de vapor,
Que simplesmente viram nada,
E nada é o que sinto,
Acumulado com o frio vazio dessa prisão.

Não vou usar os pregos pra escalar as paredes,
Cansei de fugir, e de fingir que está tudo bem.

Agora a sorte está lançada a quem quiser viver.

Não vou me entregar,
E nem vou fugir,
Por enquanto vou continuar aqui,
Afiando os espinhos.

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Altruísmo e egoísmo - O poder de escolha


Primeiro vamos definir os termos:

Altruísta é aquele pessoa que gosta de ajudar o outro. Numa escolha entre sentir-se feliz e deixar o outro feliz, ele prefere a segunda opção.
Já o egoísta prefere a primeira. Ele não se preocupa em ajudar o outro, mas também não é uma pessoa de má índole. Ele apenas se coloca sempre em primeiro lugar.

Não quero remeter meus caros leitores a clássica discussão filosófica sobre a natureza do homem, se nasce mau ou bom, de Hobbes e Rousseau, isso faço em outro post, mas aqui queria descrever minha reflexão sobre o que influência nossas escolhas.

Antes disso ainda tenho que dizer umas coisas, que certamente farão algumas pessoas pararem de ler por aqui.
Acredito que nós, seres humanos, somos dotados do poder de escolha, esse poder se dá pelo exercício do livre-arbítrio. Se você acredita que está tudo escrito e pré-estabelecido em algum lugar, ou algum "livro da vida", por favor não leia mais esse post, porque você não compreenderá meu raciocínio, e peço que ao invés de ler este texto, leia "O que é Esclarecimento?", de Immanuel Kant, um dos maiores filósofos da história. Depois que se esclarecer, volte aqui e termine de ler.

O que determina a escolha, é a satisfação que aquilo te trará.
Acredito que o ser humano seja egoísta por natureza. Sempre nos preocupamos com nós mesmos primeiro. Antes de ajudar alguém, temos que ter certeza que estamos bem. E isso não é uma regra moral, não foi nos ensinado, isso é uma regra natural, instinto de sobrevivência.
Agora você deve estar se perguntando: então por que existe tantas ONGs e projetos filantrópicos? - ou pensando - Não isso não é verdade, eu sempre penso primeiro nos outros.

O altruísmo já é um sentimento diferente. O homem não nasce altruísta, ele aprende a ser. O homem é obrigado a seguir uma certa conduta dentro das instituições, como família, escola, igreja e etc., e essas instituições é que lhe dão a base para uma vida social.

Entendemos até aqui que o homem nasce egoísta, e o seu meio social, principalmente a família, que é a primeira instituição social que ele tem contato, molda-lhe de um jeito que ele consiga viver em sociedade.
Entretanto, algumas famílias não tem uma formação forte e rígida para ensinar os novos tripulantes desse nosso mundo, e acaba que eles são mal preparados para a vida social, e é dai que surgem pessoas emocionalmente desequilibradas, e que fazem as tantas loucuras que vemos nos jornais.
Também não posso colocar total culpa na família. Existes pessoas que já nascem com um "gênio ruim", e que é difícil de se moldar. Geralmente essas pessoas vão amadurece no inicio da fase adulta. E se amadurecer.

Portanto, o que determina nossas escolhas é a que trará satisfação para nós mesmos.

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Dragão dos olhos de mercúrio


Olhos cor de mercúrio,
Desaparecem em contraste com o crepúsculo,
Fico à sombra, esperando escurecer,
Afim de sair em mais uma noite de romance.

Fujo dos espelhos como a luz foge dos buracos negros,
Não sei se é meu sangue ou minha pele,
Que as vezes esquenta, e meu coração dispara,
Nesses momentos, lembro que tenho um.

Assim que via as portas abertas,
Em pleno equinócio,
Pensava nos sonhos se tornando realidade.
E quando você percebia que sua mente me tornava real,
Tentava rasgar a página,
Mas nunca conseguia rasgar o coração.

E com a imagem do seu apaixonante olhar,
Volto pra minha escuridão vazia e fria,
Esperando outra vez você colar as páginas do livro,
A história de um dragão apaixonado.

sábado, 30 de outubro de 2010

Insônia e café


O dia está tão cinza. A chuva o deixa assim.
Tempestades são tão claras e bonitas, por que depois dela sempre fica um cheiro de sereno no ar? Não que eu esteja reclamando. O Sol me encomoda, mas, ter de deixar a luz acesa para conseguir ler, também.

Acordar com aquele gosto de sonho mal acabado e olhos entreabertos.
O desejo de dizer bom dia ao Sol foi embora quando ouvi o granizo fazendo escandalos na minha janela. Isso era quase cinco da manhã.

Prometeu, Zeus, Sócrates e a Grécia deixei por lá mesmo e fui dormir. Só não queria enxergar nada além da luz fraca do corredor e pegar no sono. Havia sido um dia como outro qualquer, dentre os ultimos três meses.

Parei de contar no quinto copo de café. Ao som de Beethoven, é hoje que não durmo!

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

1988 e além!


Neste domingo exerceremos - de modo obrigado - a nossa cidadania.
Ontem, dia 30/09/2010, aconteceu o ultimo debate para Presidente da Republica do Brasil. E nesta eleição temos quatro candidatos, com diferentes maneiras de pensar, diferentes partidos políticos, diferentes linhas de raciocínio.
Vou destrinchar aqui a minha pequena e humilde sabedoria sobre politica, que por "falta de vergonha na cara" não é maior.

Conversando sobre politica com alguns amigos, percebi que as vezes alguns levam o nome do partido politico sob o termo literal da palavra.
Por exemplo, PSDB, Partido Social Democrátrico Brasileiro. Não significa que, por ser um partido social, ele estava visando uma forma de governo socialista/ comunista. Eles não vão transformar o país em uma URSS ou uma Cuba.
Na Constituição Federal de 1988, em seu Art. 1º: "A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel do Estados e Municípios e do Distrito Federal, constituí-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos:

IV - Os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa."

Logo entende-se que o Brasil é um país baseado na democracia e na livre iniciativa, ou seja, o capital.
Esses princípios fundamentais da Constituição Federal só podem ser alterados com uma nova Constituição. E essa nova Constituição só pode ser promulgada sob decisão de um Poder Constituinte, onde os membros deste só são formados por uma eleição prevendo um Poder Constituinte. Portanto, um "Estado Comunista" hoje no Brasil é impossível.
Os planos de governo do PSDB, são voltados a idéia de um crescimento econômico social como um todo, visando todas as classes sociais, e as escalas do trabalho.

O PT - Partido dos Trabalhadores, em seu auge, era considerado um partido de esquerda, pois que ia contra os planos socialistas vigentes na época. Quando o atual presidente, Lula, um PTista, assumiu o poder, o partido se reconfigurou como centro-esquerdista, e em tese, "como manda o figurino" de um partido comunista, tentou uma Robin Hood, distribuir a renda entre ricos e pobres.

Nestes últimos oito anos com o PT no poder, o Brasil melhorou bastante, comparando com os mandatos anteriores, mas ainda assim tem muito o que mudar.

Sobre os outros dois partidos, creio não saber dissertar sobre especificamente seus planos e estratégias de governo, mas em breves palavras: o PV - Partido Verde, pela sua história, mostra ser um partido que se preocupa com o meio ambiente e a sustentabilidade do pais. Enquanto o PSOL - Partido Socialista e Liberal, mostra se preocupar também com a livre iniciativa e um plano de governo baseado no crescimento econômico do individuo perante a sociedade.

Sobre os candidatos não preciso e nem quero falar aqui. Cada eleitor tem sua opinião e simpatia por cada um deles. E apenas de maneira declarativa, direi que temos de escolher entre:

• José Serra (PSDB)

• Dilma Rousseff (PT)

• Marina Silva (PV)

• Plinio de Arruda Sampaio (PSOL)

Se não estiver satisfeito com nenhuma das propostas de governo desses candidatos, defendo seu direito de votar em branco ou nulo, pois este é um país democrático. Porém, peço que pensem muito bem antes de votar, pois que um único voto não mudara o país, mais milhares ou milhões de votos conscientes, poderão fazer a diferença.

Para concluir, postarei aqui um vídeo feito por um humorista que admiro muito, Marcelo Adnet, sobre a história da política no Brasil.



E domingo, meus amigos, escolheremos nosso representante para os próximos quatro anos. Vamos lembrar um pouco do nosso patriotismo que temos nas Copas do Mundo, e votar consciente! Vai lah Brasil!

terça-feira, 21 de setembro de 2010

Ian Curtis e a Subcultura Góthica


Como lhe dar com a depressão, ao mesmo tempo que se é o precursor de um movimento social, que se tornará uma tribo urbana, e mais pra frente uma subcultura?
É o que aconteceu com o jovem poeta depressivo e revolucionário Ian Curtis.

Vivendo na sociedade conservadora dos anos 70, era só mais uma entre as inumeras sombras daquela época. Pois que nasce em ti a vontade de mudar a expressão da noite. E então, junto de amigos teve a idéia de montar uma banda, onde o som embalada os jovens e a letras levantavam suas cabeças para onde a liberdade iluminava.
Poeta nato, não era compreendido pelos familiares, e procurava refugio em seu quarto, compondo letras que futuramente revolucionariam a música, a sociedade e a história.

Certo dia, a banda Joy Division se apresenta num programa de TV, onde tocam a música "Shadowplay", uma das mais famosas deles.
A mídia da época, interpretando as letras de uma forma sombria mas também romântica, a comparou a literatura moderna, e eis que surgi o movimento Góthico, e pouco tempo depois, denominavam-se como uma "Subcultura Góthica".

Aqui o vídeo da música Shadowplay, de Joy Division:



Shadowplay

To the centre of the city
Where all roads meet looking for you
To the depths of the ocean
Where all hopes sank searching for you
I was moving through the silence
Without motion, waiting for you
In a room with no window
In the corner I found truth

In the shadowplay, acting out your
Own death, knowing more
As the assassins all grouped
In four lines, dancing on the floor
And with cold steel, odour on their bodies
Made a move to connect
I could only stare in disbelief
As the crowds all left

I did everything, everything I wanted to
I let them use you for their own ends
To the centre of the city
In night waiting for you
To the centre of the city
In night waiting for you

Jogo de Sombras

Para o centro da cidade
Onde todas as ruas se encontram, procurando por você
Para as profundezas do oceano,
Onde todas as esperanças afundam, procurando por você
Eu estava me movendo através do silêncio
Sem movimento, esperando você
Em um quarto sem janelas
No canto, encontrei a verdade

No jogo de sombras, expressando em ações a sua
própria morte, conhecendo mais
Como os assassinos, todos agrupados
Em quatro linhas, dançando sobre o chão
E com aço frio, o odor sobre seus corpo deles,
Fez um movimento para conectar
Pude apenas olhar em descrença
Enquanto toda a multidão se foi

Eu fiz tudo, tudo o que eu queria fazer
Deixei eles usarem você, para os próprios fins deles
Para o centro da cidade
Na noite, esperando por você
Para o centro da cidade
Na noite, esperando por você


Pra quem gostou, prometo postar mais sobre a Subcultura Góthica.
Caso queiram se interar mais do assunto, este site eh excelente: GothicStation.

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

"O tempo não para!"




Um livro debaixo do abajur,
Que a luz iluminava poucas palavras,
Só as que você queria ver.
Nunca procurou dicionários pra entender,
Sempre acreditou que era dona da verdade,
E não vejo opinião própria como defeito,
Mas, um muro, sólido e eterno, que nunca muda.

Queria que aprendesse com as coisas,
As coisas que estão escritas naquele livro,
Não é sempre que se tem dicionários,
E bibliotecas, e viagens, e amanhã.

Se o tempo parasse...

Só não deixe a vida passar.
Certos cometas só vem nos visitar uma vez na vida,
E não quero que o perca.

Se fosse possível mudar o passado...
Eu não mudaria em nada.

Compre um vinil do Beethoven,
Um livro de kierkegaard,
Uma garrafa de vinho,
E vá viver!

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Socialismo e o conto de fadas


Por que o sonho de ver todas as pessoas "iguais" não acontece?
Talvez porque, a principio, todos os seres humanos são diferentes. Temos personalidades, aptidões diferentes.
Em um sociedade comunista, funcionaria que todos aplicaria sua renda em um banco comunitário, em que o governante dividiria de maneira igual à todos os cidadãos. Perfeito! Até ter ciência do fato de que as pessoas não trabalham de maneira igual, não tem capacidade e força de vontade iguais, por isso não é justo que recebam a recompensa de seu esforço de maneira igual. Um médico que estudou a vida inteira não pode receber a mesma quantia que um pedreiro - não desmerecendo os pedreiros, de forma alguma - só acho que um país mais justo, uma sociedade mais justa, não é aquela que vê o povo como um todo e dividi a renda mensal entre eles, mas sim, que vê o individuo inserido neste povo, e que este busca sempre melhorar suas recompensas através do próprio esforço.

A sociedade capitalista é a resposta certa para o individuo. O melhor trabalhador, receberá o salário maior. Assim vemos tantas buscas por aperfeiçoamento na maneira de trabalhar, com cursos técnicos e faculdades.

O problema do capitalismo é que ele dá chance para os fracos, e estes vivem à esperança de filantropia e doações dos cidadãos mais generosos.
Mas isso não quer dizer que o capitalismo é ruim. Muito menos que o socialismo é melhor. É só colocar na balança: é mais fácil seu vizinho sedentário lutar por um trabalho e ser o melhor nele, ou fazer com que você trabalhe mais para sustentar ele? Agora entendeu por que o socialismo não acontece?

A minha pergunta é: Por que ainda tem gente que insiste nisso?

domingo, 15 de agosto de 2010

Domingo


Nada como uma bela manhã de domingo,
Ao mesmo tempo que tenho os sorrisos das nostalgias,
Algumas lembranças custam a ir embora.
Mas hoje não vou ser o poeta,
Hoje não vou ser eu.

Os cantos e os mantras,
Os pontos e as mantas,
Os tontos e as antas,
e a insônia.

As vozes não se calam,
Elas ultrapassam as paredes,
Elas não param!

As fotografias também não param,
São hiperativas e elétricas,
As fotografias não se calam!

Mas hoje não sou eu,
Hoje não sou poeta.
Hoje sou a última folha seca a cair,
A última gota de tinta borrada na carta,
O último dente de leite num sorriso sincero,
E o último abraço nosso,
Que insiste em não sair do meu pensamento.

Fechei os livros e fui dormir,
Ou minha alma foi.
Afinal,
Nada como uma bela manhã de domingo.

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Espiritismo - Reencarnação


Estava discutindo filosofia e religião com uns amigos no domingo a noite, em que debatemos alguns pontos que para mim era de fácil compreensão, e outros nem mesmo conseguiam pensar na hipótese de tal coisa acontecer. Então pensei em fazer aqui algo como introdução aos conceitos de Espiritismo. O primeiro ponto que quero falar é sobre Reencarnação.

Mas antes de falar sobre este assunto, é preciso entender no que o Espiritismo se baseia.
A sua base são três: Deus, espírito e matéria.

Deus é um ser onipotente, onipresente, oniciente. Ele é a utopia dos termos inteligência, justiça e amor. E é tão grande suas propriedades, que fogem a razão humana tentar entendê-lo , em questões como, porque criar o universo, por exemplo. O fato é que para o Espiritismo, Deus existe, sempre existiu, e sempre existirá. Ele é o criador do universo. E em dado momento ele criou o espírito, e a matéria.

O espírito é a inteligência que move a matéria. O espírito não tem forma, nem cor. Alguns dizem ser uma centelha, outros dizem ser uma fumaça, ou uma luz.
Quando alguns dizem ter visto um espírito, na verdade eles viram um "períspirito", que é um invócrulo de plasma que fica entre o espírito e o corpo humano. Assim o períspirito mantém a forma de sua ultima passagem pela Terra, sua ultima vida, talvez para os familiares o reconhece-lo. Mas sobre períspiritos e dom de vê-los discutirei no próximo post.

A matéria é tudo que faz parte do nosso sistema físico. Tudo. O ar, a água, terra, fogo, tudo.

Agora sim vamos a Reencarnação.
Este processo se dá ao passo que enquanto o corpo humano nasce e morre, a alma é eterna.
Por que Deus criaria um ser pensante, e colocaria ele em seu mundo para viver em média oitenta anos, e depois deixar seu espírito descansar no céu eternamente? Qual o propósito disso? Qual a evolução que isso trás? Nenhuma.
Deus quando dotou o ser humano de inteligência, sentimentos, e poder de escolha (livre arbítrio), sabia que, ele sendo falho, aconteceriam muitos problemas a cerca de desentendimento pessoal, indo de simples discordâncias à guerras.
Assim sendo, Deus criou uma lei natural, em que os espíritos que entraram e morreram em brigas e guerras, voltassem em uma próxima vida, para enfim se entenderem e criarem um laço afetivo entre si. Na maioria das vezes os generais rivais de guerras, voltam como irmãos, ou pais e filhos. Isso explica porque existem filhos que matam os pais, e vice-versa. Eles ainda não conseguiram se entender nesta vida, e provavelmente voltaram em próximas. Acredito eu que o caso mais extremo disso são os irmãos siameses, onde um precisa necessariamente do outro para viver.

A Reencarnação também explica as aptidões. Por que um menino de cinco anos toca mais bateria que um homem trinta, que estudou a vida inteira? Deus foi mais bonzinho com o menino? Não. Se isso acontecesse Deus seria injusto, e sendo injusto perderia um atributo de Deus, logo Deus não existiria. A Reencarnação explica que este menino já viveu em outras epócas, e já estudou bateria, a ponto de nesta vida já ter a facilidade com o instrumento. Vi um caso de um menino cirurgião plástico com oito anos. Como, se para ser cirurgião tem que estudar muito, muito mesmo?! E você já parou pra pensar por que os bebês estão falando em andando mais depressa do que antigamente?


ps: Tudo que dissertei aqui foi baseado no meu conhecimento sobre a Doutrina Espírita, sobre os livros de Allan Kardec, Chico Xavier, entre outros. E sobre minha experiência de dez anos na Doutrina.

No próximo post pretendo discutir sobre períspirito e os dons de "sexto sentido".

Qualquer duvida ou informação sobre o assunto, podem perguntar aqui nos comentários mesmo, ou no meu email, que está no perfil deste blog.

Espero que tenha ajudado alguns a entender mais sobre o fascinante "mundo invisível".
Vllw galera.
Até o próximo post.

terça-feira, 10 de agosto de 2010

Selo Blog de Ouro

Olá galerë lol
E ai, como estão?
Espero que bem.

Pois então, quero neste post comunicar-lhes que eu recebi um prêmio lol
O selo "Blog de Ouro".


E estou muito feliz por ser ter conquistado esse premio, provando que eu sou foda(H) que existem pessoas que gostam das coisas que escrevo aki vllw mãe lo.
Enfim, gostaria de agradecer aos meus produtores, redatores, patrocinadores amigos - e uma pessoa em especial huuuuuuuuuuuunn :$ que sempre apoiaram, pedindo para que eu nunca parasse de escrever, por mais ruins que os textos eram. rs. :B
Gostaria de agradecer tbm justamente a pessoa que me indicou a esse prêmio. Rony além de ser uma pessoa maravilhosa, eh uma excelente escritora, e pesso a vocês que confiram o blog dela, aki http://www.diarioderoanny.blogspot.com/

Na segunda parte do "programa" Selo Blog de Ouro, eh a que eu tenho que indicar três blogs para receber o selo. Que então são:

1º Blog: A patética vida do b. Este blog eh de um grande amigo meu, Betim. Nele ele conta suas aventuras e desaventuras pela vida e pelo world.

2º Blog: Lixo literário. Este blog eh do Hell Raids, amigo de velhos rolês pela city Rock and Metal. Neste blog ele fala de suas opiniões sobre a sociedade e os individuos.

3º Blog: Olho de lugar nenhum. Este blog eh do Shissui. Um cara muito gente boa, e muito inteligente. Neste blog ele discute, em forma de poesias e artigos, coisas e sentimentos da vida.


Bom então eh isso ae lo
Vllw galeraa.
Ateh o proximo post.

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Sonhando acordado


Calafrios, e sensação de deja-vu, mas não podia, pois nunca estivera ali antes.

Parecia que estava perdido em um mundo que despertava pela primeira vez.
Um sonho? Parecia muito real.
Sentia seu corpo pesado. Suas pernas não se moviam, e seu espirito na ânsia de sumir o mais rapido dali.
Eis que uma voz lhe diz para prestar atenção no que realmente vê.
E então percebe, não a chão. Não a nada. As dores sumiram, as amarras que o seguravam ali simplesmente desapareceram.
Sem conseguir pensar em nada, sentiu-se leve, e flutuando sobre as matas e montanhas de um deserto em meio a uma cidade movimentada. Um complexo, um caos em uma mente que já nao tem o corpo pra sentir o frio das alturas.
E lá de cima, aquela voz lhe disse então: Aproveite este mundo! São para poucos!
E como se mergulha-se numa piscina de agua fria, caiu entre inumeros senhores de branco, que olhavam espantados, olhares que no fundo tinha um pouco de esperança e felicidade.

Ali viu que alguns do senhores de branco comeraçam a perder a nitidez, e a sumirem instantaneamente. Depois disso só conseguiu pensar que estava vivo, e se tudo foi real.

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Dançando com as sombras - Uma balada Gothica


Voando baixo nas asas de uma cobra,
Seu veneno é doce como absinto,
Dançando com as sombras dos egos góthicos,
Reconhecendo as paredes das sociedade conservadora.

É tão frio seu olhar,
E tão quente seu abraço,
Me sinto no Polo Norte,
De Mercúrio.

Se eu conseguisse mentir a mim mesmo,
Não voaria quilometros ao teu encontro,
Não me vestiria a carácter de sua época,
Muito menos me intitularia em seu nome.

Foram poucas horas,
Mas as mais intensas,
Não quis fracassar em frente ao meu reflexo,
No copo com gelo,
Só parei de dançar quando apagaram as luzes,
Do meu quarto.

domingo, 1 de agosto de 2010

À flor da pele


O sangue ferve quando o coração usa pedal duplo.
Adrenalina queima ao mesmo tempo que o deixa paralisado.
Senti o frio das montanhas e grita!
Percebendo estar na sua cama as nove da manhã.

Minhas noites tem sido assim.
Quando não estou caçando auroras boreais,
Fico imaginando as Luas da Idade Média.

Os vagalumes costumavam brilhar mais antes racionamento de energia.
Pobres luzes naturais.
Eles economizaram tanto que acabaram com o encanto.

O que faço hoje no trono deste Condado?
Mando cartas subjetivas ao meu amor.
Ela sabe que aonde estiver, estarei com ela.

Se até lá os vagalumes não entrarem em greve, claro.

terça-feira, 27 de julho de 2010

Por que temos medo de se apaixonar?


Por que existem pessoas que tem medo de se apaixonar?

Quando passamos por uma desilusão amorosa, ficamos com medo ou receio de nos apaixonarmos novamente. Por quê?

Bom, tentarei explicar aqui o que EU, particularmente EU, acredito. Não sei se de algum modo sigo alguma corrente de pensamento já existente.

Paixão. É o sentimento que mais dá ênfase a vontade humana. A pessoa pode se apaixonar por qualquer coisa que lhe de prazer, como por exemplo: jogar futebol, ficar na net, ouvir música. Mas a questão quero discutir aqui é a paixão de uma pessoa por outra.

Vamos partir do pressuposto que as pessoas necessariamente precisam conviver com outra, digo, conviver de modo afetivo, um relacionamento fiel e duradouro, para serem felizes.
Dentre essas pessoas, de modo geral, caracterizo-as de dois tipos: as que já se apaixonaram e as que ainda vão se apaixonar.
Ouço vozes gritando: - Nossa como você é radical! Eu nunca me apaixonei e nunca vou me apaixonar!
Ai eu digo: - Espera só pra ver! :D huahauahua

Mas de modo mais restrito, divido essas pessoas em: pessoas que se apaixonam fácil (que na maioria das vezes são românticos e poetas), e aos que dificilmente, ou quase nunca, se apaixonam.
Esses românticos são do tipos sentimentais, qualquer demonstração de sentimento mexe com eles. Um olhar, um gesto, uma carta, qualquer coisa, melhora ou piora seu dia.

Um detalhe importante da Paixão, é que ela não eterna. Ela é instantânea. Se você se apaixona por alguém, e tem certeza que está subitamente apaixonado por esse alguém, e no final de semana seguinte conhece outra pessoa que te deixa nas nuvens e pensando que agora sim vida tem sentido - nossa falei muito coisa agora neh :B huahauahu. Enfim, você poderá acreditar que não estava apaixonado pela primeira, e que só foi uma "quedinha" como dizem, mas a verdade é que você estava sim apaixonado, só que alguém lhe chamou a atenção melhor que ela, alguém que te demonstrou interesses em comum, ai você se apaixona pela segunda, e acha que a pessoa da sua vida, e assim a terceira, e a quarta, e sucessivamente.
Em contrapartida. se você, ao conhecer a segunda pessoa, que te abala sim, mas você não consegue esquecer em momento algum a primeira. Isso já deixou de ser Paixão, e se tornou Amor.

Contando um pouco das minhas particularidades (A), eu sou um romântico, sempre fui. Acho que nascemos assim, sentimentais. E em minha vida toda - como se eu já tivesse vivido séculos, estando nos meus vinte anos huahuahua - sempre me apaixonei pela garota mais simples e bonita da sala, a mais gente boa, e escrevia poeminhas e tudo mais. Até que conheci uma menina, mulher, que deixou de ser uma paixãozinha, e foi o amor da minha vida. Enfim, nosso relacionamento não deu certo, por conta da distância, trabalho, faculdade, enfim vários fatores que não deixavam agente ficar junto, e tivemos que nos separar. Para entender melhor que o que aconteceu, interprete meus poemas :)

Isso me leva a questão que elaborei no começo deste texto: porque as pessoas tem medo de se apaixonar?
Notei ultimamente que não tenho mais vontade de escrever poemas de um amor platônico, e nem vontade de me apaixonar de novo. Talvez porque ainda é muito recente o meu ultimo relacionamento, e o fato de eu ainda amar muito ela; mas é que não sinto mais vontade de conquistar alguém, aquela vontade que eu tinha a um ano atrás. Parece que é um medo de que posso errar e que vou me machucar de novo, algo assim.
E conversando com uns amigos, vi que a maioria passou por algo parecido, e por isso tem esse medo também.

O que posso dizer a respeito, talvez de uma solução pro caso que nem eu mesmo consegui superar, é que: cada caso é um caso, cada relacionamento, cada pessoa, tudo posso ser diferente, toda pessoa precisa de uma chance, e talvez até de uma segunda chance.

quarta-feira, 14 de julho de 2010

Dias frios


Eu gosto de dias frios.
O coração não precisa palpitar tanto.
Não precisa-se explicar aos mãos frias.
Não precisa encarar o Sol.

O vinho é seu principal ponto de partida.
As árvores não fazem sombra.
O silêncio toma seu lugar.
Tudo elegantemente sub entende-se.

Nos dias frios não se ouve o infernal som da cultura de massa.

sábado, 26 de junho de 2010

Sobre a defesa do Voto Facultativo

Postarei aqui um artigo de um trabalho que fiz no meu curso de Direito. O tema é "Vantagens e desvantagens do Voto Obrigatório e do Voto Facultativo".

(Revolução Francesa: Liberdade, Igualdade e Fraternidade)

Como libertário que sou, defendo o voto facultativo. Como pode um governo democrático impor o voto ao cidadão, este que muitas vezes não tem conhecimento da política, ou filosofia? Aí as autoridades reclamam das “vendas de votos”?! Ah por favor! Sejamos honestos. Qual cidadão que não participa da vida política ou pública em nenhum aspecto, ou que não tem nenhuma preocupação com o indivíduo e a sociedade, ou ainda não tem em seu coração uma centelha, uma partícula de patriotismo – salvo na época de Copa do Mundo – vai se prontificar ao estudo de seu voto para assim melhorar o país? Nenhum.
A realidade é que vivemos num país onde existem muitos estudiosos a cerca da sociedade, da ciência, da filosofia e da política, mas também temos pessoas morando em condições sub-humanas em muitos pontos daqui. Ainda existe a corrupção, principalmente pelos políticos, os mesmos que representam nosso país, aqui e lá fora, e essa corrupção me trás uma grande felicidade irônica.
O Estado declara o voto obrigatório. O cidadão, vendo na TV e jornais a corrupção que só aumenta, não vai se preocupar com o bem e futuro do país, mas vai pensar em seu próprio bolso, assim vendendo seu voto por às vezes poucos reais.
O voto sendo facultativo, isto não aconteceria, pois que votariam somente os interessados na política, e no crescimento do país.
Com base no artigo de Paulo Henrique Soares, “Vantagens e desvantagens do voto obrigatório e do voto facultativo”, acredito que cabe ao individuo decidir se ele tem ou não a obrigação de se preocupar com o bem do país, da sociedade, que, querendo ou não, interferindo na economia nacional, ele também estaria se preocupando consigo mesmo. Neste artigo o autor faz uma analogia sobre os pontos favoráveis do voto obrigatório e do voto facultativo. Analisando o texto, posso dizer com certeza que o voto facultativo é o que exprime melhor a liberdade do individuo, esta prevista de forma positiva no Art. 5º CF: Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantido-se aos brasileiros e aos estrangeiro residentes no País as inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança, e à propriedade.
Os argumentos favoráveis ao voto obrigatório, que vão contra a minha opinião, não tem justificativas suficientes para impor o voto. Cito aqui alguns argumentos dessa teoria:

• “O exercício do voto é fator de educação política do eleitor.”

Sinto discordar, mas não é assim que acontece. Não existe educação política nas escolas, e disciplina de filosofia só voltou a ocupar a grade escolar de uns anos pra cá. O único exercício do voto que o eleitor tem hoje está acessível aos meios de comunicação, e estes, por sua vez, só mostram os desastres da corrupção política.

• “O atual estágio da democracia brasileira ainda não permite a adoção do voto facultativo.”

O atual estágio da democracia? Então agora temos regimes políticos “parciais”? – Aí garçom! Me vê uma meia-ditadura meia-democracia, por favor?! (...) Vivemos, ou aparentemente vivemos, em um país livre. Como e porque ainda temos a obrigação de votar em qualquer candidato, quando não estamos felizes com nenhuma das propostas sugeridas por eles? Isto é justo, ou vai de encontro com a concepção de “liberdade” no Art. 5º CF?
Como pode ver, os argumentos favoráveis ao voto compulsório, não são suficientes para prever a justiça ideal dentro de um governo democrático.

Concordando com o voto facultativo, encontrei escritos de Rita de Cássia Martins de Andrade (Juíza de Direito do Estado da Paraíba), que diz que o voto é um instrumento essencial da democracia. Para ela, a liberdade do voto não se dá na escolha do candidato, e sim na escolha de direito ou dever de votar. E ela ainda cita o Art. 1º CF, que diz: todo poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos, ou diretamente.
Encontrei também escritos de Adriano Celestino Ribeiro Barros, advogado e autor de jornais e revistas especializadas em Direito. Ele defende o voto facultativo dizendo que um Estado democrático não usa do voto obrigatório, pois contradiz o termo “liberdade” na constituição. E ainda apresenta o Art. 14 CF, que diz:
A soberania popular será exercida pelo sufrágio universal e pelo voto direto e secreto, com valor igual para todos, e, nos termos da lei, mediante:
I - plebiscito;
II - referendo;
III - iniciativa popular.
§ 1º - O alistamento eleitoral e o voto são:
I - obrigatórios para os maiores de dezoito anos;
II - facultativos para:
a) os analfabetos;
b) os maiores de setenta anos;
c) os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos.

Podemos dizer então que, de certa forma, o voto obrigatório é ilícito perante a concepção literal de liberdade. Mas, como vimos em um dos argumentos dados pela defesa do voto obrigatório, o país não está pronto para receber tal liberdade. Talvez eles peçam uma meia-conservadora meia-liberal...?!

No final deste ano, irei exercer minha cidadania, ao votar, obrigatoriamente, no candidato que eu acreditar trazer os melhores benefícios a sociedade e ao cidadão brasileiro.

sábado, 19 de junho de 2010

O Poeta III: A Humildade


A humildade, comumente, é vinculada a um sentimento nobre do ser humano. Mas o poeta não deve vê-la assim.
A humildade é o que te deixa mais igual; faz-te procurar semelhanças sentimentais e materiais no próximo.
O poeta, como detentor da subjeção literal, não deve considerar-se igual aos os seus contemporâneos, pois que, verificada a diferença de pensamento e intelecto entre todos, por que a divisão de status seria uma atitude correta?
A humildade é a uma fraqueza. É um motivo, uma desculpa para o sedentarismo intelectual. Se eu sou melhor que alguém, por que tenho que baixar ao nível deste, para manter uma conversa ou discussão que não me acrescentaria em nada?
O único motivo razoável para alguém ser humilde pode ser o de que as diferenças intelectuais começam com oportunidades. Estas não dadas a todos, mas sim a minoria. Oportunidades do tipo colégios e faculdades particulares e caras, por exemplo. Mas isso também não impede que os prejudicados pela "má-sorte", não vá atrás do tempo perdido. Isso é o comodismo. Ai as pessoas esperam dos "sortudos" da vida um carisma, uma felicidade ao discutir e filosofar com seres preguiçosos.
A humildade pode ser algo bom, desde que, todos se comprometam a manter o mesmo nível intelectual.

Não vou começar a discutir sobre a humildade sobre o bem material, porque qualquer coisa que lembre comunismo e igualdade entre cidadãos não deve ser considerado como algo relevante ao avanço do ser humano.

quinta-feira, 17 de junho de 2010

E eu aqui...


Jihad,
Golpes de Estado,
Eleições Presidenciais,
Greves,
Bombas Atómicas,
Telescópio Hubble,
Faixa de Gaza,
OVNI'S,
E eu aqui...

Descobrimento do Brasil,
Queda da Bastilha,
Guerra Fria,
Rock in Rio,
11 de Setembro,
Admirável mundo novo,
Heliocentrismo,
Semana da Arte Moderna,
E eu aqui...

Alcoolismo,
LSD,
H1N1,
Aids,
Lepra,
Depressão,
Infarto,
AVC,
E eu aqui...

Kamicazes,
Nazismo,
Esparta,
Império Romano,
Vikings,
Gladiadores,
Unos,
Islamismo,
Catolicismo,
Ismos e ismos,
E eu aqui!

Immanuel Kant,
Chico Xavier,
Getúlio Vargas,
Dom Pedro II,
Adolf Hitler,
Mozart,
Galileu,
Beethoven,
E eu aqui...

sábado, 12 de junho de 2010

Feliz Dia dos Namorados!


Ahh, o dia dos namorados!
Existe um dia melhor para você se declarar a quem ama?
Existe um dia melhor para você comprar presentes a quem ama?
Escrever poemas, ligações, mensagens românticas,
Tudo pra ser um dia perfeito!
Mas, vendo que o namoro geralmente não dura um único dia, então seria certo dizer que o dia dos namorados são todos os dias de um relacionamento amoroso e afetivo entre duas pessoas?
Acho que sim.

À pessoas que falam mal do namorado(a) e vivem dizendo que ele sempre faz coisas que elas não gostam, mas, quando chega o dia dos namorados...! Cestas, um perfume, e um sorriso falso estampado na cara!

Tudo bem que pelo menos existe um dia para que os "namorandos" entrem em um consenso e veja os erros e acertos do relacionamento, além de ser uma noite de romantismo - e sem dúvida, essa ultima, a mais importante! - Mas é que prefiro acreditar que dia dos namorados são todos os dias que você pode acordar e lembrar que tem alguém que ama você, que se preocupa com você, e a única razão pra tanta afeição é o simples fato de fazê-lá feliz.
Uma ligação ou mensagem as três da manhã;
Uma carta de amor;
Uma flor;
Faz muita diferença.
E isso pode ser todos os dias, todos os finais de semana. Amor nunca é demais.

E se mesmo assim você prefere demonstrar tudo isso em um único dia do ano:
Feliz Dia dos Namorados!

domingo, 6 de junho de 2010

Forever II: As cartas


As cartas
De: Gustavo
Para: Laís

Manhã de inverno,
Janelas abertas,
Roupas amassadas,
Uma noite de quente,
Como as de verão.

Café com promessas,
Perguntas e respostas,
Certas e sinceras,
De mãos dadas,
De olhos claros.

As marcas,
Ficam no tempo,
Nas fotos,
Na memória.
No coração.

Das recordações,
Temos as palavras,
Os abraços,
E sorrisos,
As lágrimas,
E o "até logo!",
Os beijos,
Os sonhos,
E as cartas...


"- Tão perto, não importa quão longe!"

quarta-feira, 26 de maio de 2010

Lembranças, por acaso...


Peço uma dose de sangue de dragão,
Daqueles que vem com os olhos no fundo da taça.
Vejo as pessoas sentindo medo,
E pensando:
- Quem será que está atrás daquela fumaça?

O sereno sombrio e eterno casulo,
Se esconde onde jamais procurarão,
Ninguém lembraria do passado,
Quando, que por acaso,
Ali só à escuridão.

Na taberna expremem -se os vermes,
Tolos e ridiculamente apaixonados pela vida.
Se não me entendem, porque nem procuram entender,
Ao ver me tomando a imaginação,
Quem dirá ser louco um vampiro,
Ou um caçador de dragão?

Vitorias são cantadas a todo tempo.
Nem precisamos obrigatoriamente ganhar.
Te elegem o líder supremo,
Mesmo com a cara mais débil,
E desprovida de inteligência,
Que não usa de rimas,
Que não usa de métricas,
Que faz do movimento moderno sua principal falta de personalidade.

É essencialmente niilista e fraco,
Um sentimento e um fardo,
Pensamento de que a vida tem de existir.
Senão pensas assim,
Egoísta, e estúpido, um suicida potencial.
Será lembrado por gerações como o fracasso.

E se viveres,
Engolindo a poeira que ficastes,
Olhando a porta entreaberta que outros deixaram,
Tomando seu imaginário sangue de dragão,
Numa taberna, localizada no canto mais escuro de seu quarto.
Também serás lembrado como o fracasso.

Ah, como queria que certos tempos voltassem...

segunda-feira, 17 de maio de 2010

O Poeta II: A morte


O poeta é sempre o ultimo a morrer.

Morre o poder,
Morre a ganância,
Morre a loucura.

Morre a covardia,
Morre a traição,
Morre o arrependimento.

Morre o egoísmo,
Morre o medo,
Morre a esperança,
E o poeta ainda vive.

Quando um poeta morre?
Quando deixa de acreditar que a poesia é imortal.


Foto: Mário Quintana

O Poeta: a essência


Pode uma estrela apagar,
O oceano secar,
O ar acabar,
O poeta ainda vai existir.

A poesia cria-se espontâneamente.
Seu temperamento muda conforme os sentimentos.
A felicidade compoê-se em sorrisos e danças,
A tristeza em olhares cabisbaixos e solidão.
O poeta retrata aquilo que sente,
E só o que sente.
Não o que vê, não o que ouve.

O poeta é só um coração.
O coração da alma.


Foto: Vinicius de Moraes

quarta-feira, 5 de maio de 2010

O lobo dos olhos verdes


O lobo senti a Lua tão próxima,
Manso é a o ar quente que vem dos céus,
Ele sabe a distância do mar às estrelas,
E cada vez mais se apaixona,
E cada vez mais se apaixona...

O coração rochoso se esquenta à mata verde,
Se enche de orgulho, mais muito inseguro,
[Prefere não se expor,
Se auto - proclama louco, começa a pensar:
"Sou um lobo ou uma estrela-do-mar?"

Enraivecidamente apaixonado pelo seu ego,
Foge para o mundo obscuro,
Da subjetiva maneira de ser,
Encontra-se completamente perdido.

Não encontra mais palavras,
Não encontra mais gesto,
Mas sabe que quando o olhar nos olhas da realeza,
[Mais uma vez,
Se apaixonará cada vez mais,
E cada vez mais...

domingo, 2 de maio de 2010

Pensando na vida...


Tem gente que não cansa de errar!
Erra a questão mais idiota da prova,
Erra a hora de acordar, e sai correndo, atrasado,
Erra falando mal dos vizinhos,
Erra chegando bêbedo em casa no domingo de manhã,
Erra a medida da porta pra passar o guarda- roupa,
Erra as mensagens de celular que vão pra outra pessoa,
Erra o tempo que o leite leva pra ferver,
Erra as datas importantes do namoro e casamento,
Erra ao entrar na rua errada e ficar andando em círculos num lugar completamente desconhecido,
E erra por não pedir ajuda por isso.

Mas será que, escrever um artigo falando dos erros, seria um erro?
Se for eu estou errando neste exate momento, e não posso expressar tal emoção...

Tanta gente da tanta importância a algo tão passageiro.
O erro acontece não por sentimentos de felicidade ou raiva, mas por pura falta de concentração.
Não brigue com você mesmo por ter errado aquele penalti,
Ou por ter somado errado as contas do mês.
O erro só não pode virar rotina, porque se não...

As vezes, quando alguma coisa da errado, e geralmente essa coisa é muito importante para nós, nos perguntamos: Aonde foi que eu errei?
Existem milhares e milhares de respostas para isso, mas, com toda certeza, a maioria das vezes é por falta ou exagero de atenção.
Quando damos muita atenção a algo, principalmente a alguma pessoa, parece que, para nós, o mundo gira em torna dela, e só, em torno dela.
E não é bem assim que acontece. As pessoas são seres individuais, e precisam de seu espaço, seu tempo. Todas as pessoas tem suas aptidões, suas dificuldades, seus desejos. Então não confunda os mundos. Nunca viva a vida do outro. Viva a sua. Quando ela se sentir a vontade pra te contar os segredos do mundo dela, garanto que será muito melhor do que tentar adivinhar o que tem além dos muros.

A vida é pra ser vivida por desejos.
Pessoas só são meros instrumentos das forças que conquistam os desejos.
Pessoas que tem os mesmos ou parecidos desejos, se dão bem, por afinidades, e como os desejos tendem a se realizar por puro otimismo, essas pessoas tendem a juntar seus mundos. E isso é perfeito.

Jamais queira dar uma de astronauta, ou um alien analfabeto,
Você não vai entender, tão fácil, o hieróglifos alheios.
E por desafinidades, os mundos se distanciam cada vez mais.

Você prefere ter uma galáxia ao seu favor, ou ser conhecido como um meteorito num universo gigantesco?

A vida é pra ser vivida por pessoas,
Mas só as que desejam viver.

terça-feira, 27 de abril de 2010

O Inverno


O inverno vêm chegando,
Distanciando o Sol quente do verão.
Mas, mesmo os maiores dos invernos glaciais,
Nunca irá separar o mundo do Sol,
A temperatura e a pressão,
Que dá vida ao seu coração.

O inverno deixa a Lua mais feliz,
Mais viva, mais bela.
Talvez mais amarela,
Cor d'ouro, cintilante,
Apaixonada, imperatriz.

O inverno é elegante,
Cheio de roupas e diamantes,
Aromas perfumantes,
Que deixam marcas pelo ar,
Onde passam ficam pessoas à olhar.

O inverno é caixinha de surpresas,
Trás das Muralhas, Fortalezas,
Das paixões, a beleza,
Do amor,
A primavera.

segunda-feira, 22 de março de 2010

Por que acreditar em estrelas cadentes?


O credo no sobre natural interfere no nosso dia-a-dia.
Quebrar um espelho te trará azar - principalmente se o espelho for caro.
Crer que passar debaixo de uma escada, ou cruzar com um gato preto na rua, ou ainda deixar a vassoura atras da porta te trará coisas ruins, são como lendas urbanas, tradicionais, assim como existem as que trazem sorte, como o pé-de-coelho (que só não traz muita sorte para o coelho - música da praça é nossa, risos), e o trevo de quatro folhas.
Mas o que me chamou atenção esses dias, ou melhor, essas noites, foi o mito de que, ao ver uma estrela cadente, faça um pedido. Crer em algo sobrenatural teria sim um fundamento, um fundamento mítico, imaginário, baseado na fé. Mas, e a crença em algo natural? Uma estrela é um astro luminoso que está por aqui desde o surgimento de tudo, que não preciso dizer então, que ela existe a um longo tempo. Por que a "morte" de uma estrela me traria sorte? É pura fé. Crer fielmente em algo te focaliza a um propósito, te dá esperanças, trazendo felicidade. Por isso ao ver uma estrela cadente, faça um pedido!

domingo, 14 de março de 2010

A responsabilidade das idéias


Olá amigos que acompanham este blog!
Hoje gostaria de fazer algo diferente.
Há um tempo, li um livro pelo qual achei espetacular.
O titulo é "O Conflito das Idéias", de Voltaire Schilling, um escritor fantástico de nosso tempo.
Este livro eh divido em pequenos capítulos, que se discute história, filosofia, cultura, entre outros.
E hoje, aqui, vou lhe deixar um dos capítulos que mais gostei.

A responsabilidade das idéias

"As idéias não são responsáveis pelo que os homens fazem delas".
Werner Heisenberg (1901-1976).

Qual a responsabilidade "moral" do homem de pensamento nas ações que são cometidas, diretamente ou não, por sua inspiração? É possível isentá-lo de qualquer tipo de utilização que possam vir a fazer com aquilo que ele disse? Observa-se que em geral há uma tendência corporativa entre os intelectuais que leva-os a operar uma astuciosa separação entre a teoria e a prática.
Tendem a criar um abismo ético entre o pensamento e a ação, entre o homem que intelectualiza e o outro, o que executa, para em caso de as coisas não saírem como o devido, inocentarem o mentor intelectual, exatamente como propõe o físico Werner Heisenberg (que aliás serviu religiosamente aos nazistas durante toda a 2º Guerra Mundial), e que utilizei como epígrafe.
Essa atitude coloca os homens de pensamento numa confortável posição. Nada lhes pode ser imputado, porque jamais cogitam que suas abstratas especulações possam ter um objetivo nocivo qualquer. Dessa forma, os desastres que muitas das idéias provocam ao longo da história ficam sempre depositadas nas costas largas dos homens de ação, esses brutos destituídos de sensibilidade que não conseguem perceber as nuanças e gradações do pensamento sutil.
De certo modo essa tentativa de eximir moral e juridicamente a idéia, seja ela qual for, nada mais é do que uma atualização modernizada do velho preconceito encontrado pelos gregos entre o theorén - o que vê - e os pratikos - o que age -; entre aquele que pensa, geralmente o aristocrata culto e ocioso, e o que obra, um escravo, um artesão, ou qualquer outro infeliz condenado a trabalhar com as mãos.
Graças a esse cômodo sofisma - de colocar o pensamento acima de qualquer suspeita - libero Platão de ter sido um apologista da censura literária, apesar de ele ter abertamente pregado a sua necessidade; como também inocento Aristóteles de ter assegurado que a escravidão era o estado natural de muitos homens.
Numa restrição faço à obra de Ginés de Sepúlveda, o "Democrates primus", de 1531, no qual defendeu ser a guerra dos cristãos contra os índios "lícita" e compatível "com a prática da religião", respaldando o etnocídio que se seguiu à conquista das Américas.
Quantas vezes nesses séculos todos a pena colocou-se a serviço da infâmia? Se atentarmos para o próprio nascimento da literatura ocidental, verificamos que os poemas guerreiros de Homero eram apologias da pilhagem, pirataria, do sítio militar, do seqüestro de mulheres, das brigas pelos espólios, da vaidade e do gosto por derramar sangue.
E o que dizer dos livros do Conde Gobineau, de Houston Stewart Chamberlain ou de Vacheur de Lapouge, que estimularam o racismo e a luta racial? Evidentemente que aqueles cavalheiros bem intencionados não tinham nada a ver com as leis segregacionistas nem com os fornos crematório, onde, no nosso século, incineraram-se os "povos inferiores". Foram todos os homens interamente inocentes?
Absolvendo esses pensadores, reservamos-lhes um limbo especial - o da irrestrita irresponsabilidade moral absoluta - e ainda os apresentamos como vítimas de incontáveis mal-entendidos ou interpretações de má-fé feitas por políticos e líderes de massas de ignorantões que não souberam captar a essência pura e desinteressada do que realmente idealizaram para o bem da humanidade. Agindo-se assim, o estrago feito pelas idéias sempre será decorrente da ação, nunca da contemplação.

(SChilling, Voltaire/ O Conflito das Idéias -
Porto Alegre; AGE - 1999).

Caso alguém gostar deste post, deixo aqui o link do livro:
O Conflito das Idéias

sexta-feira, 12 de março de 2010

Felicidade


A felicidade!
Esta sim é uma intrigante questão.
Por que ser feliz?

A busca da felicidade é a busca de tudo aquilo que nos dá prazer. A razão, o propósito da felicidade é satisfazer o espírito.
O ser humano descobre, aposteriori, o essencial para uma vida saudável, e uma dessas coisas é a felicidade. Mas, a felicidade em si não é causa de si mesma, ela é provocada por uma anterior, que como qualquer outro sentimento reage de acordo com o temperamento do ser.
A felicidade não é algo discutido em mesas de bar ou reuniões de trabalho, e garanto que muitas pessoas raramente param pra pensar sobre felicidade, se é que algum dia pensaram. Nos acomodamos com a ideia de felicidade. Temos em mente, sem mesmo que alguém nos diga, que nascemos e vivemos para sermos felizes, e isso se torna uma verdade tão intrínseca ao ser humano, que já não discutimos sobre felicidade, e sim como obte-lá. Alguns a buscam na matéria, por meio de bens e posses, outros a buscam em "divindades", algo relacionado a fé e a religião.

Exemplificarei usando uma máxima de uma das grandes mentes da física contemporânea, Albert Einstein: "Não existe a escuridão, ela é a pura ausência da luz, enquanto o mal, é a pura ausência do bem".
Na essência, ele afirma que o "bem" já é algo positivado, é lei.
Assim funciona a felicidade, uma lei inata à vida. A preservação do corpo em casos de risco de morte, a preferência à vida, já é algo positivo. E assim sendo, a felicidade, efeito sobre a condição viva do ser, é uma verdade indiscutivel.

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Diálogo sobre Goticismo


- O que você acha dos góticos?
- Góticos são seres estranhos. Gostam da morte, e de escuridão, sangue, flores, crucifixos, velórios e marchas fúnebres. Não vejo algo bom nisso.
- O Gótico é muito mais que isso. O movimento Gótico surgiu na década de setenta/ oitenta, no Reino Unido. O estilo musical as vezes é chamado como "pós-punk". Você está certo, as letras geralmente falam sobre morte, e desilusão, e depressão, mas os góticos não são totalmente niilistas, acho que pelo contrário, usam a música para dar força para seguir em frente.
- Sério? Nunca vi góticos felizes.
- Não felizes, mas conformados. Eles acham que o mundo de hoje não é o mundo pra sorrir, dizer que a vida é bela, mas um mundo pra ser frio, preso em sua própria consciência.
- Você está falando do movimento gótico de nosso século, mas e a literatura gótica do séc. XVIII?
- A literatura gótica lembra bem o romantismo, senão é o próprio, em decadência. Contos medievais, de princesas e castelos, mas com um pouco de suspense e calafrios, e sem esquecer os sentimentos, o amor e o ódio, sentimento de pecado, a desilusão, etc.
- Tem alguma ligação as duas "eras góticas"?
- Não sei se o criador da cultura gótica dos anos oitenta tinha conhecimento sobre a literatura do séc XVIII, mas posso dizer que eles tinham a mesma alma. Mudaram os motivos dos conflitos, mas sempre com os mesmos problemas.
- Mas porque andar de preto? Quilos de maquiagem?
- Estilo. Como lembram o "pós-punk", ja era de se esperar tão choque na sociedade conservadora. Mas eles não sao agressivos ou vândalos, como muitos pensam. Góticos geralmente são anti-sociais, e gostam de lugares silenciosos, como cemitérios, bosques e lugares escuros.
- E esse movimento Gótico existe até hoje?
- Eles chamam de movimento Gótico o que surgiu nos anos oitenta. O som daquela época era baseado em punk, rock 'n roll, e o começo da música eletrônica. Portanto qualquer estilo de música ou arte, que fuja desses parâmetros, não é considerado Gótico, e sim, tem influências Góticas, como é o caso do Metal Gótico, surgido nos anos noventa.
- Não conhecia essas teorias sobre goticismo.
- O Gótico faz parte da história, da música, da literatura e da arte.

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

O fluído e recipiente - O suicídio


Tenha "fluído" como energia vital, ou aura, ou ectoplasma, como queira chamar. E "recipiente" como corpo físico, corpo material.
O que quero neste post não é falar essencialmente sobre fluido vital e corpo físico, mas sim sobre um assunto que se baseia no rompimento forçado da ligação desses. O suicídio.
Considerando que temos um "sentido" que nos livra dos perigos e ameaças , e que tendemos a conservar a vida, tirar a própria não parece algo tão lúcido.
Geralmente os suicidas colocam fim a própria vida, com a desculpa que não viam o propósito, sentido, não sabiam o que buscar, e se destroem pensando em acabar com a angustia, ou sofrimento que os afligem.
Mas se pensarmos um pouco a respeito do necessário para uma vida, veremos que o corpo não vive sem a mente, e vice-versa. Se um ser se mata, ele acaba com o corpo, e a mente, então, não terá onde existir, e nem motivo para tal.
Se ele pensou que se matar iria livrar-lhe das dores, se enganou, pois quando a vida é interrompida em tempo errado, ou não preparado, a mente perde os sentidos, e tudo o que se tem é vazio e escuridão.
Há varias teorias sobre o que o ser se torna depois do suicídio.
Uma delas diz que a vida é dada e só pode ser tirada por Deus, o ser, ao tirar a própria vida, vai direto para o inferno, onde terá que sofrer o que o agonizava em vida, mas dessa vez, por toda eternidade.
Outra diz que, e essa considero mais coerente, o suicida, depois de bom tempo dormindo, até recuperar a consciência, e conseguir se lembrar o que era em vida, fica em um lugar escuro e frio, como seus pensamentos. E somente quando lembrar dos lados bons da vida, como o amor e a paz, consegue ser maduro o suficiente para pedir ajuda. Assim, voltas em próximas existências, com certas deficiências corpóreas, até seu fluido vital, sua mente, que ele mesmo destruiu, se recuperar.

Então, compensa ou não, acabar com o sofrimento, pondo fim a própria vida?
Estamos aqui para aprender a conviver com as pessoas, em grupos, família e amigos. Compreender algo fora da nossa mente, fora do nosso entendimento.
Não passamos por aqui apenas para nascer, crescer, se reproduzir e morrer. As plantas fazem isso melhor que nós. Estamos aqui para fazer história; trazer o avanço intelectual e tecnológico, e acima de tudo, promover o amor e o bem.

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Bons souvenirs...


Nous utilisons la musique pour exprimer les sentiments les plus sincères, où personne a à dire ce que nous faisons, nous sommes libres parce que nous aimons et nous voulons être libres.
Et notre musique est pour elle à résonner pour tous les temps, notre liberté est avant tout le fruit un idéal sentimental et contagieuse.
Ignorer le "sourd et sensationnaliste des intellectuels de télévision", parce que nos paroles transformées en notes de musique, ne sera entendu par les esprits et les cœurs ouverts.

domingo, 24 de janeiro de 2010

Paixão


A paixão é delírio.
Fantasias conhecidas somente pelo coração.
Logo:

Se apaixonar é como voar para a Lua sem ter hora pra voltar.
É mergulhar nos pensamentos sem saber onde quer chegar.
É se atrever a chama-la para dançar.
É segurar a vontade, a ansiedade de amar.

Encontrar alguém perfeito.
Num mundo tão, sem jeito.
Numa vida tão, insensível,
Que as vezes, o amor se torna invisível.

E o tempo as vezes não se atenta.
De que as vezes agente inventa.
Absurdos de uma personalidade,
Algo que nunca foi verdade.

A paixão é loucura.
Impossíveis instantes de abstinência pessoal.

Se apaixonar é amar incontrolavelmente uma utopia.
É esquecer de si mesmo, e das melodias.
É viver na sombra, sem qualquer filosofia.
É viver e morrer, a cada quilometro nessas vias.

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Lembranças ou apenas sonhos?


Um punhal cravado num peito frio,
Tão seco era o sangue,
Que não mais manchava a mão dos anjos.

Jogaram sua flores em meio ao rio,
E antes que a Lua pudesse aquecê-la,
Já tinham voado para longe dali.

Os cavaleiros se ajoelharam diante a chegada de um senhor,
O pergaminho ancião, os rituais cheio de expressões nubladas,
Tão niilista quanto aquela madrugada.

A alma do jovem suicida não puderam salvar,
Pois a muito a luz já tivera chegado,
E o trono do universo, mais uma vez, ficara vazio.

Vendo o fim, a princesa se envenenou,
E num instante lúcido de medo da morte, gritou:
- "Até logo, meu amor."

O funeral de puro luxo e silêncio,
Espadas apontadas para o horizonte,
A Lótus refletindo no céu.

sábado, 9 de janeiro de 2010

Um dia desses...

- É tão bom te ver feliz.
- É. Fazia tempo que não me sentia bem assim.
- Eu percebi, eu acho. - fiquei em silêncio, por instantes, apenas olhando em seus olhos - Bom, só vim me despedir...
- Se despedir? - ela responde sem pensar, meio que pega de surpresa.
- Sim; vou mudar. Meu pai recebeu uma proposta de trabalho melhor, e tenho alguns parentes lá. Vai ser bom pra mim.
- Ahhh! Mas que idéia é essa assim do nada? Você adora tudo que tem aqui! Seu trabalho, amigos, sua turma... Vai mesmo deixar tudo isso?
- Vou manter contato com meus amigos. E há tempos queria ir, mas algo me mantinha aqui...
- E agora, nada te faz querer ficar? - ela o pergunta o olhando novamente nos olhos.
Eis que chega o tal do "carinha popular". Ele a abraça, e em seguida joga uma pergunta no ar, que tive certeza que era pra mim:- To perdendo alguma coisa?
- Não, não está. Apenas vim me despedir dela. Boa festa pra vocês.
Viro as costas e saio em direção ao portão.
Percebo ela me seguir com os olhos, e ele sussurruando:- É aquele cara?

Ao passar pelo portão, vejo alguns conhecidos, e aceno a eles, dizendo que já estava indo. Os mais chegados vinham me comprimentar, e desejavam boa viagem, pedindo pra mandar noticias.
Logo que me despedi dos que estavam na rua, peguei o caminho pra casa. Era perto dali, então fui caminhando.
Estava feliz por ter falado com ela. Ter conseguido ser um tanto quanto frio, ao invés de dizer o que realmente sentia, que nunca iria querer partir, e deixa-la aqui, mas nem tudo acontece como agente quer, conformemos.
Ao chegar perto de casa, ouvi meu nome aos berros.
Assustado, corri ao encontro dos gritos. Eis que ela vem correndo em minha direção. E ao me abraçar com os olhos úmidos, me disse:
- Não vá, por favor, não vá!
- E por que não iria?
- Porque eu te amo.