
Grãos de areia cruzavam o céu,
Pensando serem meteoros,
Em chuvas silenciosas,
Belas e ocasionais.
Cada toque na corda,
Era uma nota que escapava,
Por entre meus dedos,
E ao mundo ecoava,
Tomando forma em escala,
No espaço propagava,
Feito música,
Onde a letra,
Quando eu queria,
Rimava.
Sempre soltas,
Se presas, abafadas ficariam,
Se presas, inuteis seriam,
Niilistas e alcoolatras,
Com tempo,
Se tornariam.
De cima do telhado,
A chuva de metoros na cessava,
A areia nunca acabava,
Achando que era efeito ou coisa assim,
De causa alguma do universo,
Leis e leis tais sem fundamento,
Quem e quando era o fim.
Hipocrisia e má alimentação,
Matam muitos hoje em dia,
Seja de palavras ou crenças,
Ou ódios e preconceitos.
Apenas humanos,
Lutando com unhas e dentes,
Acreditando em algo que nunca viram,
Não ouviram, não tem provas,
E fisica não importa.
Quero uma razão para me achar melhor que alguém,
E quero julgar este alguem como bem entenda,
Pois que mal ele faz a mim,
Quando não acredita e não compreende,
Que só eu estou certo,
Mesmo quando todos sabemos,
Que não sabemos de nada.
Os meteoros voltaram para a praia,
Meu violão voltou para de baixo da cama,
Minhas pautas voltaram para o canto da mesa,
Junto dos livros de poesias,
E aos poucos ia despendindo-me de mim,
Guardando na primeira gaveta minha consciência,
Na segunda minha razão,
Na terceira meu coração.