sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

Questão de Fé




De uma vez por todas, entendão: Religião não tem nada a ver com moral. Calma, vou explicar. A religião é baseada em fé, um sentimento intrinsecamente subjetivo e individual. Ou você acredita, ou não. Uma vida social e moral, por sua vez, é o convívio com seres da mesma espécie  em que certa vez (de modo genérico e superficial) juntaram-se e inventaram regras para uma convivência pacifica. De certa forma, parece-nos que a primeira vista concordamos com essas leis que regem a vida em sociedade, com máximas do tipo "não faça a outro o que não quer que façam com você", entre outras. Como um parâmetro  temos o art. 5º da Constituição Federal de 1988, que prevê direitos e deveres iguais a todos, sem discriminação, de sexo, raça, religião, ou qualquer outra. 

Entende-se até então que o homem é um ser pensante. Instintivamente animal. Mas as vezes pensa. E esse homem necessita entender o que há por trás desse espectáculo  essa cena, essa peça de teatro, que é a vida. Não conseguindo meios cientifico  as vezes por não entende-los, as vezes por ignora-los, as vezes por comodismo, e esse homem não consegue crer que tudo que existe não surgiu do nada. Ele acredita que existe um causa maior. Algo ou alguém maior. E esse homem então forma a ideia de um ser superior, que vamos usar por exemplo, Deus. E esse homem, junto de outros que compartilham de suas ideias, e que, de alguma forma, um estalo, um dom, ou uma magica, eles conseguem escrever um livro de regras, que julgam ser morais e cultivar os bons costumes.

Pois bem. Até aqui sabemos que ao mesmo tempo que os homens criam leis para reger a vida em sociedade, eles criam religiões, para incentivar os bons costumes, baseadas em um ser maior, um ser imaginário, um ser sobrenatural, um ser metafisico. Veja bem. Algo metafisico é algo que não podemos usar os sentidos físicos para experimenta-lo, correto?! Ah, então quer dizer que eu não posso cobrar das pessoas que acreditem no que eu acredito, porque eu não posso provar para elas o que EU acredito?! Muito bem, parabéns!

A questão é que as pessoas confundem moral e ética, com crenças. 
Dizem que à uns dois mil anos, apareceu um tal Jesus, e disse ser filho de Deus. E que Jesus não escreveu nada. Os registos que há dele, é o que seu seguidores, ou discípulos  escreveram sobre ele. De tais registros, e também perto dessa época  escreveram um certo livro com valores religiosos, que vamos chamar de "bíblia".
Hoje é 21 de Fevereiro de 2013. Vê-se em qualquer site e jornais na televisão, homossexuais mortos por simplesmente serem homossexuais  As desculpas ou motivos? Que no grande livro de verdades morais e religiosas, estaria escrito que não pode existir relacionamentos homoafetivos. Que Deus criou o homem e a mulher... e a historia vocês sabem.
Ao mesmo tempo que acontecem os assassinatos, grupos dos direitos humanos e direitos de liberdade, discutem ao que para mim parece algo simples: a vida é muito mais importante do que uma frase que um suposto Deus, disse a um homem que escreveu em um livro a regra moral a dois mil anos atrás.
Conservadores dos bons costumes?! Hipócritas!
Os homens são falhos. Católicos  Evangélicos  Cardecistas, Umbandistas. É tudo questão de fé, e fé não se impõe, não se julga carácter baseado no metafisico, na crença de qualquer um.

Quantos ainda vão precisar morrer por crenças fúteis e sem fundamento? Pois então que voltem as cruzadas. Pelo menos não morrerão em nome de pastores com os bolsos cheios de dinheiro.

Um comentário:

Roanny Phanuelly disse...

Não se pode mesmo obrigar alguém a acreditar em Deus.
O grande problema é que muitas pessoas não tem conhecimento algum da bíblia e ficam aí falando besteira.
Na bíblia não fala que todos vão crer, nem fala que crentes vão convencer os descrentes. Nunca.
Jesus também não falou que deve-se matar ou maltratar homossexuais.
E quando diz-se que é abominável, não é mais do que o pecado do próprio crente.
Nós não somos lindos, brilhantes e perfeitos, nós crentes.
Eles estão confundindo tudo.
Então sim, concordo em muito com seu texto.


ps: Não chamemos esses ladrões de pastores, por favor, agradeço.

Beijos Gui!